Considerada cidade-museu , pois reúne em seu centro histórico e nos arredores o maior número de monumentos portugueses, romanos, mouros e visigodos. Há vestígios de uma praça romana e vestígios de moradias também romanas. O chamado Templo de Diana, em pleno centro da cidade, são as ruínas do templo romano de Évora. Em muitas partes da cidade ainda se pode ver as muralhas que a rodeavam. Muitas ruas são tão estreitas que mais parecem trilhas, nas quais vemos casarões com janelas em ferro muito bem trabalhadas, sem esquecer das floreiras que dão um ar ainda mais romântico à cidade. O hotel em que nos hospedamos é rodeado por muralhas e torres : um encanto.Visitamos a Igreja de São Francisco, simples, mas muito bem cuidada, com destaque para a imagem de Santa Terezinha morta. Ao lado da igreja, seguindo por corredores em arcos, está a Capela dos Ossos. Já no pórtico de entrada existe a inscrição: “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. Ao entrarmos nos deparamos com as paredes todas cobertas por ossos humanos, retirados do cemitério de um mosteiro dos padres franciscanos. É tétrico, apavorante, porém um trabalho lindo feito com crânios e ossos do fêmur, muito bem dispostos. Um trabalho de arte. Pendurados na parede lateral, na penumbra, estão dois esqueletos completos com roupas que, ao chegarmos perto é iluminado por um foco direcionado e sensível à presenças. Horrível e maravilhoso ao mesmo tempo. Voltamos à Lisboa para fechar o ciclo da viagem e voltarmos. Foi a viagem dos sonhos, mas também cansativa, pois fizemos tudo isso em dez dias. Uma maratona!
Fotos: Delma T S Ferreira
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