quarta-feira, 11 de julho de 2012

BAHIA


                         

            Como diz a música: “Cê já foi à Bahia, nega? Então vá! Então vá!
            Ir à Bahia é algo mágico. É um sonho realizado que todo brasileiro sonha desde os tempos de escola primária, quando os professores começam a falar da história do Brasil.
            Quando o avião sobrevoa a cidade de Salvador, na chegada, já se tem a dimensão das maravilhas que vamos encontrar. É deslumbrante. No trajeto do aeroporto até a cidade podemos ver a parte nova, com seus prédios bastante coloridos, de design moderno, um festival para os olhos. Por isto é que recomendo a chegada durante o dia. Se der tempo, recomendo visitar o shopping, super moderno, grandioso, com ótimas lojas e muito espaço para caminhar.
            Já instalados, vamos aos passeios. Logicamente que todos vão eleger como primeiro passeio o Pelourinho. Vamos a ele. Damos uma passadinha antes pelo Mercado Modelo, onde  encontramos tudo o que se possa imaginar em termos de artesanato local e da região. Encontramos também roupas lindamente bordadas, muitos quadros para a decoração, entalhes em madeira e, o que me chamou muito a atenção foram os trabalhos em palha dourada, são lindos. Saindo do mercado subimos o Elevador Lacerda, que é um dos cartões postais de Salvador, de onde podemos fotografar toda a Baia de Todos os Santos, com o Forte de São Marcelo, que é uma construção redonda nas águas da baia. Na parte alta da cidade pudemos ver construções antigas, como o Palácio do Governo e outras não menos bonitas. No trajeto do elevador até o Pelourinho, temos que dividir o nosso tempo entre olhar a bela arquitetura e driblar as baianas que querem nos vender fitinhas, colares e outras bugigangas com uma insistência irritante. ( o único ponto negativo  encontrado) Para o Pelourinho devemos usar sapatos muito confortáveis, pois as pedras das ruas e as subidas sabem judiar dos pés. Pelourinho é alegria, é baiana, é acarajé, é dança, é música, é a batucada do Olodum, é a malemolência dos baianos, é capoeira, muita capoeira. Enfim, o Pelourinho é o resumo de toda a Bahia. Quem não foi ao Pelourinho não conhece a Bahia. E já que estamos lá e bateu aquela fominha, vamos almoçar no restaurante da Faculdade de Gastronomia de Salvador, que fica lá mesmo, no Pelourinho. É comida típica muito bem feita, sem os possíveis desencantos que teríamos se comêssemos nas incontáveis barraquinhas de rua. Não podem ser esquecidas as igrejas da cidade alta, como a de São Francisco, que tem o seu interior quase que totalmente recoberto de ouro. Os altares são magníficos, as esculturas dos santos são perfeitas. Nesta igreja você tem que visitar até a sacristia e o pátio, pois são pura arte.
           Outro ponto que não pode ser esquecido de visitar é o Farol da Barra, visitar o museu e caminhar na praia de águas límpidas e cristalinas.
           São pontos muito famosos  a Lagoa do Abaeté, a praia de Amaralina ( a praia e a história) a praia de Itapoã, maravilhosa, pontilhada de coqueiros, imagem de sonhos, digna mesmo da música de Dorival Caymi, que a imortalizou.
           Para quem tem boas pernas e vitalidade suficiente, recomendo visitar o Morro de São Paulo, que é uma praia que compensa o sacrifício de se chegar lá.
           O ponto alto da viagem foi deixado por último pela grandiosidade do êxtase. Foi a visita a Mangue Seco, lugar onde foi gravada a novela Tieta. Para se chegar lá temos que entrar pelo estado de Sergipe e atravessar um rio de barco. Mangue Seco fica situado às margens desse rio. A cidadezinha muito antiga, tombada pelo Patrimônio Histórico, está sendo tomada pelas areias, as casas estão já bem baixinhas. Lá o mundo parou a centenas de anos. Todos os produtos consumidos chegam de barco e vem de Sergipe, pois lá não se planta nada, é só areia. Pegamos um jipe e começamos a viagem monumental. As dunas são inimagináveis, os coqueiros, os oásis, o silêncio, tudo grandioso, tudo poderosamente lindo. Chegamos ao mar e tudo continua lindo, o mar tem um azul diferente, o horizonte parece mais perto, estamos em clima de sonho. A beleza chega a ferir os olhos, e é o momento de agradecer a Deus a possibilidade de ter feito a viagem, de ter vivido até chegar lá, ter tido a graça de participar desta imponente criação, do momento em que Deus estava realmente inspirado! Mangue Seco não é para ser descrito, é para ser visitado! Seja o próximo, vá lá!!!


Todas as fotos usadas neste blog são de propriedade da autora dos textos.




Um comentário: